Sem saber que era impossível, foi lá e fez.

25/02/2012

Epa, "tamu junto". De novo sobre cultura para massa e elite.

" pois paz sem voz, paz sem voz, não é paz é medo"  O Rappa

A gente fala de pobreza, déficit cultural, fome, mas não conhecemos na pele o que é isso. Mas será que ao menos conhecemos teóricamente?  Repetindo o que falei no post África, acho que alguns não.
Mas também, parece tudo contribuir para isso, fora o ópium eletrizante do brasileiro que começa a colocar algum no bolso e fazer viagens com gastos absurdos, quantidade de malas estratosférica (que micooooooooo), engarrafando aeroportos. Desconhecendo inclusive o que se chama cota máxima de importados.
Por ex, de periferia de Rio de Janeiro posso falar, conheço muito bem, tive contato direto no trabalho, sei como é, onde fica, que tipo de gente habita e posso constatar que há de tudo.  E Manaus, será que conheço???  Pouco, conheço mais ribeirinhos. No resto só a minha vidinha more or less de onde habito.  Erro,  não, contingência, não tenho o que fazer lá. E assim, sei, vamos indo.

E o que Antonio Veronese disse abaixo n o vídeo, da TV ser meio de comunicação que deveria ser melhor utilizado, existem leis que patrocinam / financiam a cultura, e tem por cunho aproximar o desfavorecido do evento  cultural, mas é tudo que não acontece em algumas regiões, ou quando acontece, com certeza trata se mais de autofinaciamento como alguns grupos de hiphop, raggae, do que patrocínio PP dito.

Abujanra em seu programa Provocações já dizia   “as periferias desse enigma brasileiro, periferias que, ao contrário do que era de se esperar, vão buscar inspiração na Jamaica para fazer músicas de letras quilométricas: rap, hip-hop, funk. As pessoas, gostem ou não dessas coisas, não podem ignorar que é por onde a periferia descarrega seu discurso político; avisando à classe média e às elites para irem devagar, que as coisas têm limite”. 

Muito bem falado por sinal, e´um aviso,  nem sempre ouvido.    Nem sempre pois a concentração de eventos culturais se dá onde está o maior poder aquisitivo,  visto que empresários do setor não querem arriscar não ganhar.  Exceto um outro exemplar de maior renome da música oriunda da periferia, o que acontece é cada um no seu lado com o evento que pode.  

A cerca de uns 10 anos começamos a ver propostas como Lona c ulturais no subúrbio do Rio, levando shows de bom padrão, e bombando, o que mostra que o povo gosta sim de bons eventos, não tem é acesso a eles, não tem carro para ir até eles,  e o  metrô nem sempre acompanha o horário da programaçãoe em sua maioria nem a grana.

Logo a Lei de incentivo cultural tem de ser mudada logo, pois se quer dedução de impostos , que faça onde precisa e não onde dá lucro.  Assim não dá né, assim vamos ver BBB mesmo!!!!

Agora eu tiro o chapéu para aqueles que em função do barateamento de eletrônicos iniciaram, se autofinanciando, eventos culturais rústicos e independentes, como shows , bandas, teatros, e tudo  mais, sem incentivo algum e que hoje já tem força própria nos subúrbios configurando uma cultura alternativa em expansão, forte, expressiva, ciente de seus direitos e claro seus deveres. Apesar de nem sempre ativos nos dois pilares da cidadania.  Tamu junto moçada, vamos colocar o bloco na rua e cobrar. Recado partiu!
Bora pra rua!